Todos os anos, a Associação Limpeza Urbana aproveita a ocasião do Encontro Nacional de Limpeza Urbana para renovar o seu compromisso com a inteligência e a sustentabilidade dos territórios. Em 2024, essa celebração acontece no Funchal.

Durante três dias, centenas de decisores, profissionais, especialistas, estudantes e até membros da sociedade civil juntam-se para trocar conhecimentos e experiências na tentativa de encontrar soluções que se adequem aos inúmeros desafios com que lidam diariamente para manter as cidades limpas.

Em 2024, essa celebração está marcada para os dias 25, 26 e 27 de setembro e tem o Município do Funchal como palco. Na sua 6.ª edição, este ENLU assenta nos três pilares da sustentabilidade – o ambiente, a economia e o social – e o convite passa por olhar a limpeza urbana a partir dessas três perspetivas.

A experiência que os nossos associados nos transmitem, sejam eles do setor público, sejam eles do setor privado, diz-nos que só um equilíbrio entre estas três forças resultará num serviço genuinamente inteligente. Quisemos que tal se refletisse no programa da conferência deste ano.

Vamos falar de mais ambiente e mostrar como a limpeza urbana pode contribuir para as ambiciosas metas do setor dos resíduos e economia circular. Vamos ter o testemunho de cidades europeias, incluindo as portuguesas, que estão na vanguarda da sustentabilidade e que optam por abordagens transversais que não isolam a limpeza urbana num pequeno silo subjacente ao dos resíduos. Falaremos de como trazer a natureza para o ambiente urbano sem que as ervas e os espaços verdes se transformem num desafio hercúleo para os serviços municipais e um incómodo para os munícipes.

Na componente mais economia, importa debater fontes de financiamento, mas também o uso eficiente de recursos, como a água e a energia, e como transformar os investimentos em limpeza urbana num ativo de valorização do território. Abordaremos tudo isso e haverá ainda espaço para descobrir como a tecnologia está a disponibilizar ferramentas para tornar este serviço mais inteligente, e, por isso, mais eficiente do ponto de vista económico.

“(…) Engane-se quem vai à procura de conteúdos meramente técnicos; nestes dias, o que se pretende é criar massa crítica, é inspirar os participantes a pensarem fora da caixa, é mostrar novas abordagens e estratégias.”

Nada disto se faz sem pessoas e, como é já apanágio da ALU, toda a conferência vai girar à volta de quem faz a limpeza urbana – desde o decisor ao cidadão, passando pelo empresário que desenvolve e fornece as soluções e pelas mulheres e pelos homens que asseguram diariamente que as nossas ruas se mantêm limpas.

Falaremos de como usar as lógicas de proximidade e a cidadania participativa a favor da limpeza urbana, e ouvir relatos de como cuidar do nosso bairro e da natureza é um reforço da comunidade. Escutaremos o que têm a dizer os governantes sobre os efeitos de dinâmicas como a crise da habitação, a sazonalidade, o despovoamento, a pressão turística e a diversidade cultural na limpeza urbana e como estão a responder a esses desafios.

Vamos ouvir autarcas partilharem as suas necessidades e conhecer como as empresas estão a inovar para os ajudar, concebendo equipamentos a pensar nos utilizadores. Queremos terminar em grande, com um tema querido a todos: a felicidade (e, sim, também sobre isto a limpeza urbana tem algo a dizer).

Aqueles que participaram em Encontros anteriores da ALU sabem que este é um evento único em Portugal. Por várias razões, a começar pelo tema de base – a limpeza urbana. Além disso, engane-se quem vai à procura de conteúdos meramente técnicos; nestes dias, o que se pretende é criar massa crítica, é inspirar os participantes a pensarem fora da caixa, é mostrar novas abordagens e estratégias.

Precisamos de todos para tornar isso possível e, por isso, em nome da ALU, convidamo-lo a conhecer o programa do evento e a juntar-se a nós em setembro, no Funchal, para mais uma edição do ENLU – será a melhor de sempre!

Texto originalmente publicado na edição n.º 44 da revista Smart Cities, com as devidas adaptações.