ALU estabelece parceria estratégica com a Cleantek Show

Os associados da associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis têm condições especiais para participar na 2.ª Cleantek Show - Feira de equipamentos e produtos para limpeza, facilities e lavandaria.

Os associados da ALU interessados em ter um espaço expositivo neste evento, que terá lugar de 10 a 11 de março de 2022 no Centro de Congressos da Alfândega no Porto, beneficiam de um desconto de 10%.

Mantendo o modelo de negócio e posicionamento da última edição ( solução chave na mão e foco no negócio), que se traduziu num evento com 45 expositores diretos, 2200 m2 de área e mais de 1500 visitantes, algumas ações de melhoria (Reforço da capacidade de estacionamento,  mudança de dias e horários, etc)  e novas iniciativas ( Gala CleanTek, espaço inovação + espaço Demo, comboio carruagem Cleantek Lisboa / Porto / Lisboa) irão ser levadas a cabo para garantir o sucesso da Cleantek 22.

De forma a explorar sinergias e melhorar a proposta de valor, esta edição irá decorrer em simultâneo, mas em espaços próprios,  à 1ª edição do Maintek – Salão de equipamentos, tecnologia e serviços para manutenção e gestão de ativos industriais.

Mais informações em https://www.cleantek.pt/


Abra caminho à Brigada Mais Presente. Desembrulhe o Natal.

A Associação Limpeza Urbana (ALU) lança uma campanha que alerta para a necessidade de colocar o lixo nos contentores certos, numa altura em que as quantidades de lixo produzido aumentam e alguns serviços municipais de recolha ficam limitados.

Todos os anos os caixotes do lixo ficam a transbordar nos dias seguintes ao Natal. É uma imagem demasiado comum em Portugal. Municípios e cidadãos têm um objetivo partilhado: manter as cidades limpas. E quando um dos lados falha, todos são prejudicados. É precisamente o que acontece no Natal e o Ano Novo. Consumo excessivo, muito desperdício e falta de cuidado fazem dos contentores verdadeiras lixeiras ao ar livre.

Nesta época do ano, muitos serviços de recolha e limpeza têm os horários reajustados, alterados e nalguns casos, mesmo, limitados, para que os trabalhadores da recolha e limpeza possam passar uma parte do Natal com as suas famílias.

Para Luís Almeida Capão, presidente da ALU, “o excesso de desperdício e a colocação dos resíduos nos caixotes errados e até no chão colocam aos municípios um desafio de gestão de recursos nestes dias.” Por isso, a associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis lança esta campanha com o mote: Abra caminho à #BrigadaMaisPresente. #DesembrulheoNatal.

 “Pedimos mais atenção às pessoas quando colocarem os resíduos nos contentores. Sabemos que há mais embalagens, mais cartões, mais garrafas. Mas tudo isso pode ser devidamente separado, dobrado, espalmado e colocado no ecoponto respetivo. E se o ecoponto estiver cheio, podemos esperar por um dia de recolha normal para deitar fora as caixas e os embrulhos. Daí a ideia de desembrulhar o Natal, queremos retirar os embrulhos das ruas”, explica Luís Almeida Capão, presidente da direção da ALU.

 Valorizar os cantoneiros

Respeitar os trabalhadores da limpeza urbana é outra vertente desta campanha. “Durante a pandemia, houve alguma atenção relativamente aos trabalhadores da recolha de resíduos e da limpeza urbana, que nunca pararam, mas rapidamente esse cuidado se desvaneceu. Temos de valorizar estes trabalhadores que têm um trabalho difícil e pouco reconhecido no dia-a-dia e que trabalham quase todos os dias. São, de facto, a Brigada Mais Presente”, observa o representante da ALU.

Em Portugal, existem cerca de 12 mil trabalhadores de limpeza urbana e mais de 15 mil trabalhadores de recolha de resíduos, que todos os dias e noites “patrulham” as ruas: esvaziam os caixotes do lixo, limpam e lavam o chão, cortam as ervas, limpam os grafitis, desentopem as sarjetas, arranjam os jardins, entre outras tarefas que muitas vezes nem damos conta, mas sem as quais não passamos. São atividades que requerem uma grande presença nas ruas e na vida das pessoas.

Colocar o lixo no sítio certo é uma forma de reconhecer estes trabalhadores. Num município onde todos participam na limpeza urbana, não comprando em excesso e não depositando os resíduos no chão, o custo com estes serviços diminui e esse valor de poupança poderá ser alocado a outros serviços essenciais ao cidadão. “Hoje, a limpeza das ruas custa uma média de 30 euros por habitante/ano. É outra questão que muitas vezes não nos lembramos: deitar uma pastilha, uma beata ou um papel para o chão tem muito mais custos para todos, do que ter o trabalho de colocar a pastilha, a beata ou o papel no caixote de lixo mais perto”.

 Este Natal não se esqueça: Abra caminho à #BrigadaMaisPresente. #DesembrulheoNatal.


4ª Assembleia Geral da Associação Limpeza Urbana

Os associados fundadores, efetivos e aderentes estiveram reunidos a 30 de novembro, na 4ª Assembleia Geral da associação Limpeza Urbana - Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis.

Nesta assembleia geral ordinária foi aprovado o Plano de Atividades e Orçamento de 2022, que estipula as principais ações previstas para o próximo ano. Consulte aqui o documento completo.

A 4ª Assembleia Geral foi ainda palco da aprovação
do 1º Associado Honorário da associação.

Vítor Lemos, ex-presidente do Conselho de Administração do Serviços Municipalizados de Viana do Castelo e ex-vice presidente da Câmara Municipal do mesmo município, um dos associados fundadores, recebeu o título com emoção, agora que está reformado das anteriores funções.


Associados da ALU presentes na exposição Smart Cities Summit

A Smart Cities Summit contou com a participação de alguns membros da associação LIMPEZA URBANA - Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis. Certoma, Enermeter, Hidromaster, Luságua e Sopsa enriqueceram a exposição do evento com a apresentação dos seus produtos e serviços.

O evento, organizado pela Fundação AIP, contou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que evidenciou o papel das cidades no combate às alterações climáticas, sobretudo depois da COP 26.

“Recordo as soluções criativas e os grandes movimentos de transformação que nasceram nas cidades, com soluções inovadoras. Este esforço que temos de fazer em prol de cidades neutras em carbono, só as cidades sabem bem fazer e interpretar o que é a obrigação de ser neutras em carbono e são as únicas capazes de fazer a ponte com as empresas e as pessoas, não deixando que ninguém fique para trás”, observou ainda o responsável político.


É urgente a ação das autarquias, alerta ALU na Smart Cities

“Este é o momento para as cidades darem um salto quântico, introduzindo soluções tecnológicas smart na gestão da urbe, apostando na circularidade dos materiais, reforçando as nature-based solutions, criando condições para a co-criação e a participação ativa dos cidadãos”, diz Luís Almeida Capão, presidente da Direção da associação Limpeza Urbana - Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis na última edição da revista Smart Cities.


Saiba mais sobre este artigo e conheça mais alguns dos nossos associados em baixo.


ALU recebe comitiva de cidades romenas

A associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis recebeu em novembro uma delegação de entidades da Roménia - Federation of Intercommunity Development Associations (FADI), que incluiu representantes de sete executivos autárquicos romenos e várias empresas.

O objetivo desta comitiva era conhecer diferentes soluções de recolha de resíduos urbanos e sistemas de tratamento, em funcionamento nas cidades portuguesas.

A ALU organizou a visita destes representantes, proporcionando a sua deslocação aos municípios de Cascais e de Lisboa, onde puderam assistir à recolha dos resíduos depositados nos equipamentos de alguns dos associados aderentes.


Pollutec abre portas a 12 de outubro em Lyon

É já de 12 a 15 de outubro que decorre a Pollutec, em Lyon (França), aquele que é um dos principais eventos de referência para os profissionais do ambiente na Europa, que existe desde 1978. 

 Aliando conferências temáticas e um amplo espaço expositivo, a Pollutec afirma-se como uma vitrina de soluções ambientais para a indústria, cidades e territórios, e um trampolim para inovações de mercado e desenvolvimento internacional. Pollutec oferece uma série de eventos especiais, conferências e discussões sobre todos os desafios ambientais atuais e futuros.

Mapa da área de exposição

Mapa da área de exposição

Os principais sectores do ambiente vão estar representados neste evento, nomeadamente o tratamento de águas e águas residuais, a gestão resíduos, a reciclagem, a economia circular, a energia, a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.

Os números da última Pollutec antes da pandemia (2018) revelam a dimensão desta iniciativa internacional:

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- 2.200 expositores de todas as áreas do ambiente e do sector energético

- 70.000 visitantes profissionais da indústria, autoridades locais, da construção e do sector dos serviços

- 13% de visitantes internacionais

- 30% de expositores internacionais

- 90.000m² de espaço de exposição

- 128 países representados

- Numerosos acontecimentos no centro dos novos desafios do mercado

Se quer participar na Pollutec 2021 solicite as condições especiais para os associados da ALU através do geral@associacaolimpezaurbana.org.

Mais informações sobre o evento em: https://www.pollutec.com/en-gb/about.html


Aprovada proibição de produtos de plástico de uso único a partir de 1 de novembro

O Conselho de Ministros aprovou a 2 de setembro o decreto-lei que procede à transposição parcial da Diretiva (UE) 2019/904, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de junho de 2019, relativa à redução do impacto de produtos de plástico de utilização única e aos produtos feitos de plástico oxodegradável.

A partir de 1 de novembro de 2021 é proibida a colocação no mercado de determinados produtos de plástico de utilização única, tais como cotonetes, talheres, pratos, palhas, varas para balões, bem como copos e recipientes para alimentos feitos de poliestireno expandido.

De acordo com a diretiva, este decreto-lei estabelece dois objetivos de redução do consumo de copos para bebidas e recipientes para alimentos destinados ao consumo imediato ou prontos a consumir:

  • até 31 de dezembro de 2026, uma redução de 80% relativamente a 2022;

  • até 31 de dezembro de 2030, uma redução do consumo de 90%.

De acordo com um calendário faseado, são ainda determinados requisitos de conceção de recipientes para bebidas; objetivos de incorporação de plástico reciclado nas garrafas para bebidas; metas nacionais de recolha seletiva de garrafas com capacidade inferior a três litros e a promoção de campanhas de informação e sensibilização dos consumidores por parte dos produtores de determinados produtos de plástico de uso único.

Para assegurar estes objetivos estão previstas medidas, a cumprir a partir de 2024, como a disponibilização de recipientes reutilizáveis para consumo de alimentos e bebidas mediante a cobrança de um depósito, entre outras.

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Leia a entrevista do presidente da direção da ALU, Luís Capão, à Smart Cities

Em entrevista à revista Smart Cities, o presidente da direção da ALU, Luís Capão, fala do III Encontro Nacional de Limpeza Urbana e de como o evento foi um catalisador da dinâmica empresarial, mas também da importância dos dados sistematizados agora no Estudo de Caracterização do Sector, e da necessidade de mobilizar não só municípios e empresas dos sector, mas ainda os cidadãos e representantes do Governo para a importância da Limpeza Urbana como “factor transformativo de cidades mais limpas, mais competitivas e agradáveis”.

Leia em baixo:

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França cria entidade gestora para resíduos de pontas de cigarro (beatas)

Os resíduos provenientes de beatas (pontas de cigarro) vão ser geridos por uma entidade gestora em França. É o primeiro país europeu a introduzir o princípio da responsabilidade alargada do produtor no combate à poluição causada pelas pontas de cigarro.

Na prática significa que a partir de agora, os produtores e distribuidores de tabaco - e já não as autoridades locais - irão financiar as operações de recolha e limpeza, uma vez que esta nova entidade gestora deverá funcionar com as entidades gestoras da fileira do plástico, de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, de óleos, entre outras, existentes em Portugal.

Os produtores e distribuidores devem, assim, financiar, organizar e implementar soluções adequadas de recolha, reutilização ou reciclagem do seu produto. Atualmente existem no país gaulês cerca de 15 entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos, estando previstas a criação de mais algumas entre 2021 e 2025, conforme indicado pela legislação francesa (loi anti-gaspillage pour une économie circulaire).

 Através desta nova entidade gestora, cerca de 80 milhões de euros por ano serão fornecidos às autoridades locais para financiar a recolha e limpeza de pontas de cigarro descartadas. As pontas de cigarro são uma importante fonte de poluição nas cidades, pois cada filtro de cigarro contém plásticos e substâncias químicas que podem alterar permanentemente o ambiente.

Atualmente cerca de 23,5 mil milhões de pontas de cigarro são atiradas ao chão ou à natureza todos os anos em França, pelo que o objetivo é reduzir esta quantidade em pelo menos 40% nos próximos 6 anos.

Mais informação: https://www.ecologie.gouv.fr/loi-anti-gaspillage-economie-circulaire-1


Limpeza Urbana cria tantos postos de trabalho e riqueza como recolha de resíduos

O Estudo de Caracterização do Sector da Limpeza Urbana foi apresentado por Luís Capão, presidente da direção da associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU), a 30 de junho de 2021, no III Encontro Nacional de Limpeza Urbana, que teve lugar em Braga.

Elaborado pela 3 Drivers para a ALU, o estudo desvenda um sector com preponderância e impactos económicos, ambientais e sociais que não podem ser ignorados, lançando a discussão em torno da necessidade de um novo olhar para estes serviços públicos.

A seguir detalhamos as grandes conclusões deste trabalho:

1.       As atividades de limpeza urbana não reguladas têm uma dimensão comparável à recolha de resíduos, particularmente no caso dos recursos humanos, apresentando custos mais baixos devido à maior necessidade de investimento em equipamentos de recolha.

O sector da Limpeza Urbana emprega 1,16 trabalhadores por 1000 habitantes, estimando-se que estas atividades criem diretamente 11 880 postos de trabalho e ainda 7450 postos de trabalho em outros sectores. De acordo com o estudo, os custos estimados para as atividades de Limpeza Urbana em Portugal são cerca de 30 € por habitante;

Importa fazer uma análise destes números à luz das designadas atividades reguladas dos resíduos urbanos, nomeadamente a recolha de resíduos indiferenciados e a recolha seletiva. Com base nos dados da ERSAR relativos a 2019, estima-se que o número de trabalhadores afetos a estas atividades de recolha de resíduos seja cerca de 15 100, dos quais 63% estão afetos à recolha indiferenciada (cerca de 9530 trabalhadores).  Já o custo médio da recolha indiferenciada é de cerca de 53 € por tonelada de resíduo recolhido.

 

2.       As atividades de limpeza urbana contribuíram para a criação de cerca de 1030 milhões de euros de VAB na economia

O impacto total em Valor Acrescentado Bruto (VAB) das atividades de limpeza urbana não reguladas foi estimado em 468 milhões de euros.

Este valor não está longe do VAB gerado no âmbito da recolha indiferenciada e da recolha seletiva de resíduos, com um total de 563 milhões de euros (266 milhões no próprio sector e 297 milhões de euros nos restantes sectores da economia).

Assim, considerando tanto as atividades reguladas como não reguladas, as atividades de limpeza urbana contribuíram para a criação de cerca de 1030 milhões de euros de VAB e 43 600 postos de trabalho.

  

3.       O sector da limpeza urbana é um sector intensivo no uso de recursos humanos

Para avaliar o nível de mecanização das atividades de limpeza urbana em Portugal, procurou-se avaliar dois indicadores: o número de varredoras e o número de lava-ruas.

Relativamente às varredoras, estima-se que existam 2,3 m3 por cada 10 000 habitantes. De acordo com os dados da associação francesa AVPU, em França este indicador será também 2,0 m3 por cada 10 000 habitantes, assumindo que a capacidade média de cada varredora é exatamente 4 m3. Já a capacidade das lava-ruas é de cerca de 0,25 m3 por 10 000 habitantes, um pouco inferior ao valor estimado de 0,18 m3 para França pela AVPU.

A própria estrutura de custos do sector sugere que mais de 80% estejam associados aos recursos humanos. A Estrutura de custos do sector da limpeza urbana: 73 % recursos humanos, 19 % equipamentos, 8% produtos e matérias-primas.

De acordo com o relatório, o trabalhador médio do sector da limpeza urbana é homem, tem 48 anos e 7 anos de escolaridade. A distribuição etária dos trabalhadores revela um sector tendencialmente envelhecido, como demonstrado pelo facto de cerca de 77% dos inquiridos ter indicado uma média de idades compreendida entre os 40 e os 50 anos e, mais surpreendentemente, nenhum dos municípios inquiridos ter referido uma média de idades inferior a 40 anos.

4.       Existe um potencial significativo de otimização de redução de emissões de GEE e de partículas atmosféricas com a transição para tecnologias como as células de combustível ou a eletrificação

Estima-se que o número de varredoras em todo o país seja de cerca de 680. Assumindo também uma operação anual de 2500 horas, obtém-se que o impacte global de uma transição para soluções elétricas representaria uma poupança de 7400 toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao sequestro de carbono anual de um pinhal com 740 hectares.

Estendendo o mesmo tipo de estratégia a outro tipo de viaturas, nomeadamente lava-ruas e viaturas de recolha de resíduos, facilmente se conclui que existe um grande potencial de otimização de redução de emissões de GEE e de partículas atmosféricas com a transição para tecnologias mais limpas.

 

5.       Mobilização social para a limpeza urbana é determinante e tem de ser intensificada pelas entidades respetivas

No que concerne às coimas aplicadas, os inquiridos foram questionados se os regulamentos municipais preveem coimas em casos relacionados com as atividades de limpeza urbana (p.ex., deposição indevida de resíduos, dejetos caninos, graffitis), sendo que 64% indicou que sim, 11% indicou que não e os restantes 25% não sabem ou não responderam à questão (Figura 39).

Dos respondentes que indicaram que sim (36), 64% recorre a brigadas de fiscalização municipal ou da freguesia, 17% aloca esta responsabilidade à polícia municipal e 19% não especificou como faz a fiscalização (Figura 40).

Dos respondentes cujos regulamentos municipais preveem coimas para casos relacionados com a limpeza urbana, verificou-se que 80% não levantou qualquer coima num ano de referência.

Ainda assim, e no que respeita à sensibilização os temas mais abordados nas ações de sensibilização realizadas são (Figura 37): a correta separação dos resíduos (69%), o não abandono de resíduos junto aos contentores (69%) e o não atirar lixo para o chão (61%).

As áreas críticas consideradas pelas entidades gestoras, que estão entre as suas maiores preocupações, são a recolha de resíduos, seguido da sensibilização e dos dejetos caninos.

 

6.       Inovação chega aos modelos de recolha, à limpeza de ervas e utilização de sistemas inteligentes

As ações em curso ou em estudo para implementar inovação no âmbito da limpeza urbana respeitam, segundo os inquiridos, à inovação nos sistemas de recolha de resíduos, utilização de herbicidas sem glifosato, utilização de TI nos sistemas de recolha, aquisição de novos equipamentos e introdução da recolha de biorresíduos.

Quanto a ações que contribuam para a descarbonização no âmbito da limpeza urbana foram indicadas pelas entidades auscultadas: a utilização de viaturas elétricas; a utilização de equipamentos elétricos (como varredoras e aspiradores elétricos), e a otimização de circuitos de recolha de resíduos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa associadas. 

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Assembleia da República faz alterações ao Regime Geral de Gestão de Resíduos

O Decreto-Lei n.º 102-D/2020, de 10 de dezembro, que aprova o Regime Geral da Gestão de Resíduos (RGGR), o regime jurídico da deposição de resíduos em aterro e altera o regime da gestão de fluxos específicos de resíduos, transpondo as Diretivas (UE) 2018/849, 2018/850, 2018/851 e 2018/852 foi sujeito a algumas alterações na sequência da audição parlamentar a que foi sujeito.

Entre as principais alterações destaque para:

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  • O Governo tem de ouvir os municípios e elaborar um estudo com vista a definir um mecanismo de compensação dos sistemas municipais e multimunicipais de gestão de resíduos pelos resíduos de embalagens depositados nos respetivos equipamentos de recolha seletiva que não caibam no âmbito da sua responsabilidade.

    Sendo que até 31 de dezembro de 2022, o Governo apresenta à Assembleia da República um relatório do referido estudo .

  •  O Governo tem de aprovar legislação para integrar os seguintes fluxos de resíduos em sistemas de responsabilidade alargada do produtor:

    a) Óleos alimentares, até 31 de dezembro de 2022;
    b) Têxteis, até 31 de dezembro de 2024;
    c) E outros, até 31 de dezembro de 2026.
    Estes sistemas entram em funcionamento, para cada fluxo de resíduos, dois anos após as datas indicadas anteriormente.

  • Os estabelecimentos de restauração com produção de biorresíduos superior a 9 t/ano adotam, até 31 de dezembro de 2023, medidas para combater o desperdício de alimentos.

  • Os sistemas municipais disponibilizam, até 1 de janeiro de 2025, uma rede de pontos ou centros de recolha seletiva para os resíduos urbanos perigosos da sua responsabilidade, de forma a não contaminar dos outros fluxos de resíduos, devendo os sistemas municipais garantir a correta gestão destes resíduos.

  • A TGR deve ser repercutida nas tarifas e prestações financeiras cobradas pelos sujeitos passivos e ao longo da cadeia de valor da gestão de resíduos até ao produtor dos resíduos-

  • O Governo adota medidas que permitam aumentar a transparência e o escrutínio da utilização das receitas da TGR, nomeadamente através da publicação obrigatória, até março de cada ano, de um relatório anual onde conste a atribuição desagregada, por ações, objetivos e destinatários, das receitas geradas pela TGR.

    O documento original pode ser consultado aqui.