A Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU) e os seus associados voltam a marcar presença em mais uma edição da revista Smart Cities.
Na edição de abril/maio/junho desta publicação especializada em inteligência urbana, no habitual espaço dedicado à ALU, foi publicado o artigo de opinião “Transformar os desafios em oportunidades”, da autoria de Luís Almeida Capão, presidente da Direção da ALU (leia abaixo).
Além disso, também os associados aderentes Resopre, Waste To Me e Stihl partilharam algumas das suas novidades e produtos.
A publicação decorre da parceria anual celebrada entre a ALU e a revista Smart Cities, cujo objetivo é aproveitar um espaço privilegiado para dar voz a algumas das preocupações do setor da limpeza urbana e da recolha de resíduos e proporcionar aos associados aderentes da ALU a possibilidade de divulgarem os seus produtos e soluções.
OPINIÃO
Transformar os desafios em oportunidades
Escrevo estas linhas quando se assinala um mês de funções do novo Governo, liderado por Luís Montenegro. Um mês é muito pouco tempo para avaliar, mas podemos, sem dúvida, ter expectativas altas e, no que toca à pasta que nos diz mais diretamente respeito, o Ambiente e Energia, ainda mais. Maria da Graça Carvalho é provavelmente a Ministra do Ambiente mais preparada que o país já teve. É conhecedora das matérias que comanda e tem uma profunda ligação a Bruxelas, o que, seguramente, configura uma oportunidade única para o País. Estamos no ponto certo para implementar as obrigações europeias e também para defender os interesses de Portugal nos fóruns mais elevados do poder político.
Os próximos anos comportam enormes desafios para o setor do Ambiente. As diretivas da União Europeia a serem vertidas para a legislação nacional, aquelas que já estão na lei, mas carecem de portarias ou especialidade, e as normas já plenamente em vigor configuram um cenário muito exigente para operar.
A Associação Limpeza Urbana gosta de olhar para os desafios como oportunidades e quer contribuir para transformar a realidade de forma positiva. Para nós, os municípios devem ser ressarcidos do ecovalor dos resíduos recolhidos na varredura e nas papeleiras.
Qual pode ser o papel da Limpeza Urbana? Podemos, por exemplo, começar pela contribuição para os quantitativos das metas da reciclagem, que se tornaram muito mais difíceis de alcançar dadas as novas fórmulas de cálculo, a sua progressividade e o atual panorama apresentados no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) 2030.
A Associação Limpeza Urbana gosta de olhar para os desafios como oportunidades e quer contribuir para transformar a realidade de forma positiva. Para nós, os municípios devem ser ressarcidos do ecovalor dos resíduos recolhidos na varredura e nas papeleiras. O estudo está feito e apresentado: há 200 milhões de euros potenciais das entidades gestoras de embalagens de vidro, plástico alumínio e cartão, e das entidades que se estão a formar no âmbito da Responsabilidade Alargada do Produtor (RAP), que devem ajudar a financiar estas atividades.
Cabe ao poder político criar os sistemas que permitam às pessoas aderir e serem recompensadas pelas boas práticas individuais, na sua comunidade e nos indicadores da qualidade de vida, pelo menos. Esta ideia torna-se evidente quando falamos de ambiente e limpeza urbana. Felizmente, estamos em boas mãos.
O 6.º Encontro Nacional de Limpeza Urbana já está marcado para os dias 25, 26 e 27 de setembro, no Funchal. Vamos discutir o contributo da Limpeza Urbana e da sustentabilidade para o modelo económico e para o ambiente que queremos para Portugal. Contamos convosco!