Foram ontem anunciadas as três cidades finalistas ao título de Capital Verde Europeia em 2025 e uma delas é portuguesa: Guimarães defronta a austríaca Graz e a lituana Vilnius na competição que distingue o compromisso das cidades europeias com mais de 100 mil habitantes com a sustentabilidade e o ambiente.
Caso seja vencedor, o município de Guimarães, que é também associado efetivo da Associação Limpeza Urbana (ALU), tem a possibilidade de se juntar a Lisboa (Capital Verde Europeia 2020) como as únicas cidades portuguesas escolhidas até aqui para ostentar, durante um ano, este título lançado em 2008 pela Comissão Europeia.
Além das cidades que poderão vir a ser Capital Verde em 2025, ficou também a saber-se que municípios vão disputar entre si o prémio Folha Verde da Europa 2025. Viladecans, em Espanha, e Treviso, em Itália, foram os escolhidos para receber a distinção que se destina a áreas urbanas de menor dimensão. Uma destas cidades ou mesmo as duas podem suceder a Velenje, na Eslovénia, e a Elsinore, na Dinamarca, que recebem a edição de 2024 do prémio, depois de Valongo (Portugal) e de Winterswijk (Países Baixos) em 2022. Torres Vedras foi um dos primeiros municípios europeus a receber este título, logo em 2015 aquando do lançamento da iniciativa promovida pela Comissão Europeia.
Esta é mais uma distinção importante do trabalho desenvolvido pelo município vimaranense em matéria de sustentabilidade urbana. Recorde-se de que Guimarães é uma das três cidades portuguesas que fazem parte da Missão Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima – um grupo de 112 municípios europeus, e não só, que ambicionam tornar-se mais inteligentes e alcançar a neutralidade climática já em 2030 numa iniciativa do Programa Horizonte Europa.
Capital Verde Europeia e Folha Verde da Europa: o que significam os títulos?
Os finalistas aos dois títulos são escolhidos com base nos resultados alcançados em sete indicadores – qualidade do ar; água; biodiversidade, áreas verdes e uso sustentável do solo; resíduos e economia circular; ruído; mitigação climática; e adaptação climática.
Este ano, os vencedores vão ser conhecidos a 5 de outubro, em Tallin, na Estónia, que, em 2023, detém o título de Capital Verde da Europa. Nessa altura, os finalistas terão de apresentar a sua visão e abordagem ambiental perante um júri, assim como a estratégia de comunicação que pretendem implementar caso sejam os vencedores.
A Capital Verde Europeia recebe um prémio monetário de 600 mil euros, que deverá ser investido na implementação da sua estratégia e respetivo envolvimento de cidadãos e outros stakeholders. Já o Folha Verde inclui um prémio de 200 mil euros que apoiará as cidades vencedoras nas atividades planeadas e também na dinamização de outras ações com cariz transformador.
Tendo em conta o prestígio da iniciativa europeia, o apuramento como finalista concede já às cidades escolhidas reconhecimento pelo seu trabalho na área da sustentabilidade, incluindo feedback de peritos independentes que lhes permite compararem-se com outras cidades e assim melhorar o seu desempenho ambiental. Esse reconhecimento é ainda maior para os vencedores, cuja projeção internacional se prolonga além do ano em que são detentores do título, atraindo, com isso, investidores e apoio a nível nacional e proporcionando aos seus cidadãos um sentimento de pertença e orgulho nas suas cidades.